segunda-feira, 16 de abril de 2007

Sonhos,

sonhos e mais sonhos. Será que é tão bom sonhar mesmo? Nos sonhos, tudo podemos (ou quase tudo). Nesses deliciosos devaneios da mente entorpecida pelo sono, o mundo é perfeito, as pessoas são corretas, nossos desejos se realizam. Ou nem todos os desejos... mas o fato é que é o nosso mundo, do qual somos deuses, que não nos decepciona.
É nesse mundo que aquele lindo corpo, dissociado das emoções e dos sentimentos, mero conglomerado atômico, mas ainda assim bem feito em cada detalhe, une-se com o indivíduo que só pode existir na intimidade dos nossos anseios. E que combinação irretocável é essa! Que satisfação etérea, cuja fugaciadade está irremediavelmente associada ao quão intensos são os prazeres que esses momentos nos trazem.
Mas sonhar é como uma droga, potente, viciante. Que abstinência dolorosa!!! O simples acordar já traz a decepção e insatisfação imediata. O inevitável, quase automático, confronto entre o mundo onírico e a realidade equivale a levar uns bem dados tapas na cara, traz à mente a inquietação sobre o que não vale a pena: os sonhos ou o mundo real.
Resta aos tolos que o dia se arraste, que cada segundo dilate-se irritantemente, distanciando-os do momento de sonhar novamente, de quem sabe transportar-se para aquela dimensão paralela... e perfeita.
Eu... eu abdico aos sonhos!


by B.M.Ruiz

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