Assim como toda a minha infância, muito coisa já ficou para trás.
Não acretido mais em lendas, nem em bondade.
Dos heróis, tão pouco resta saber em que lado lutar.
Com o tempo foram os brinquedos e os sorrisos.
A inocência e a fé.
E tantas outras coisas que também já ficaram para trás.
Enquanto era criança, nunca vi uma estrela cadente.
Gosto de pensar que seja um pedaço que ainda me reste.
É engraçado quando a gente cresce, parece que o mundo cresce junto.
Cresce tanto, e não cabe mais.
No conhecido, nos valores, no que devia.
É quando a gente brinca novamente, e faz de conta que é maior do que ele.
Só para poder dormir a noite.
Se eu visse uma estrela cadente, pedia para o mundo crescer menos.
Só para não deixar de acreditar, sem perder tantas coisas.
Se eu visse uma estrela cadente, pediria você.
E dividiria o mundo para que ele coubesse.
Mas como muitas outras coisas de minha infância,
os desejos só pertencem a ela.
Ontem o mundo cresceu mais um pouquinho.
Tento agora brincar de faz de conta.
by G.Doubek
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2 comentários:
Um dos melhores poemas seus que já li.
paguei pau!
te adoro seu coisa =)
Ca
Doubek!
Eu desconhecia esse seu lado poético... hehehe
Muito bonito o poema!
Té mais!
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